01 maio 2018

Hegel e Marx

"O que é comunismo? É o seguinte: se você comeu o suficiente para matar a fome e ainda assim sobra comida  ela pertence a outro homem." (A. R. Murugados)

As primeiras obras de Karl Marx (1818-1883), autor de O Capital (1867), receberam forte influência de Hegel, ou mais precisamente, de sua dialética. A dialética de Hegel analisa a luta dos opostos que, nas sínteses sucessivas, proporciona a evolução dos povos, das pessoas e de tudo o mais.

O grande marco de Marx assenta-se na sua teoria dos "meios de produção". Mas, o que se entende por "meios de produção"? Os meios de produção dizem respeito à matéria-prima, às máquinas, às instalações agrícolas, à organização da força de trabalho etc. É a explicação de como as sociedades satisfazem as necessidades da população. No capitalismo, por exemplo, os "meios de produção" são propriedade privada de uma pequena elite.

Vejamos como Marx entende esse problema à luz da história. Para ele, as sociedades progrediram em virtude da luta de classes: primeiramente, o escravo se rebelou contra o seu senhor; depois, o vassalo se insurgiu contra o senhor feudal. Na época do capitalismo, o proletariado se rebelará contra a burguesia, pois o trabalhador se tornou alienado, e perdeu o seu senso de identidade. A solução será a implantação do comunismo.

Marx, Hegel e a história. Para Hegel, a história está sujeita ao processo dialético, pois em cada etapa do desenvolvimento haverá contradições e oposições de ideias, levando a humanidade ao progresso. Para Marx, a dialética histórica aproxima-se do materialismo e não do idealismo proposto por Hegel. Para Marx, há necessidade da luta de classes; para Hegel, poder-se-ia falar de classes de luta.

As ideias perduram no tempo. Cabe-nos analisá-las e refletirmos sobre o seu alcance buscando sempre a verdade que se encontra por detrás dos fatos.

 

 


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