"Cada um com suas armas; a nossa é essa: esclarecer o pensamento e
pôr ordem nas ideias." Antônio Cândido
Ricardo Timm de Souza, em seu livro O Brasil Filosófico,
relata-nos a história e os diversos sentidos que a filosofia assumiu entre 1549
(chegada dos primeiros jesuítas) e 2002 (morte de Gerd Borheim e Lima Vaz).
A preocupação do autor é deixar alguns subsídios para os que virão
depois. Ele diz: "Somos não somente herdeiros do século XX, mas temos
também a responsabilidade de disponibilizá-lo às novas gerações".
No Brasil-Colônia, a filosofia não era entendida como discussões e
debates de ideias (como se entende hoje), mas como transmissão dos modelos
escolásticos feita pelos jesuítas, com fins explícitos e exclusivamente
catequéticos.
O século XIX e inícios do século XX constituiu-se de grandes
transformações no Brasil, pois a vinda da Corte portuguesa determinou novas
formas de compreensão das ideias. Mesmo assim, as dificuldades linguísticas
emperraram o entendimento mais amplo das informações vindas da Europa.
Ao longo do século XIX, o movimento que mais influenciou a filosofia no
Brasil foi o Positivismo. Tanto isso é verdade que a bandeira nacional tem o
lema de Augusto Comte: "Ordem e Progresso".
O século XX caracteriza-se, não só no Brasil como em todo o mundo, como
época de crise de fundamentos — crises enquanto radical ruptura com as
estruturas filosóficas do passado.
Fonte de Consulta
SOUZA, Ricardo Timm. O Brasil Filosófico. São Paulo:
Perspectivas, 2003.
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