Comte (positivismo) e
Marx (materialismo histórico) são os precursores da moderna sociologia.
Durkheim e Weber, além de complementarem as teorias de Comte e Marx, dão à
sociologia um status de ciência, com possibilidade de novos
desenvolvimentos.
Para Émile Durkheim
(1858-1917), a sociologia é uma ciência positiva que investiga os "fatos
sociais". Publica, em 1895, As
regras do método sociológico, em que expõe a necessidade de que as
investigações sejam feitas mediante trabalhos empíricos. Durkheim sugere o uso
de dois instrumentos auxiliares: o direito e a estatística. O direito, como manifestação de
algumas regras que surgem da consciência coletiva. A estatística, por sua vez,
garante certa objetividade da análise sociológica. Isso porque os fatos sociais
não podem ser explicados em termos individuais. A sociedade é algo muito maior
do que a soma dos entes individuais.
Max Weber (1864-1920)
acha que a metodologia das ciências sociais deve ter por princípio a
"neutralidade valorativa", já que "não existe nenhuma análise
científica puramente objetiva da vida cultural ou dos fenômenos sociais,
independente dos pontos de vista específicos e unilaterais, segundo os quais
aqueles fenômenos — expressa ou tacitamente, consciente ou
inconscientemente — são selecionados como objetos de investigações,
analisados e organizados por meio da expressão".
A "neutralidade
valorativa" apoia-se na multicausalidade, que Weber destaca
em A ética protestante e o espírito do
capitalismo (1904-1905). Este trabalho é uma investigação sobre as origens do
capitalismo europeu em que se demonstra o caráter unilateral das teses de Marx
(que analisa essas mesmas origens em termos de causas econômicas e sociais).
Weber demonstra que as origens do capitalismo na Europa podem ser explicadas
tanto do ponto de vista escolhido por Marx quanto do que ele mesmo propõe e que
é o da religião.
Durkheim e Weber
tiveram grande influência nas principais correntes da sociologia contemporânea,
principalmente na sociologia europeia. Entre os influenciados, estão Karl
Mannheim (1891-1947) e Raymond Aron (1905-1983). O primeiro desenvolveu
argumentos acerca da sociologia do conhecimento; o segundo, pelo seu interesse
nas relações que se estabelecem entre a estrutura social e os regimes políticos
na sociedade industrial.
A influência na
América do Norte deu-se por meio de Talcott Parsons (1902-1979) e Robert K.
Merton (n. 1910). Parsons desenvolveu o funcionalismo ou funcionalismo estrutural, que se baseia no
princípio de que a análise de qualquer instituição social deve ser feito em
função do que ela traz para o funcionamento e manutenção da sociedade como um
todo. Merton, discípulo de Parsons, desenvolve um funcionalismo menos abstrato
e mais preocupado com a investigação empírica.
Fonte de Consulta
Temática Barsa -
Filosofia
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