O “estruturalismo” é uma corrente de pensamento que teve como
base a linguística estrutural de Ferdinand de Saussure na década de 1960. O
estruturalismo aplica os princípios de linguística, elaborados por Ferdinand de
Saussure (1857-1913), o qual fazia uma distinção entre língua e fala.
A fala se refere ao uso da língua; a língua é anterior à fala, é um sistema de
signos impessoal. O sistema de signos da língua forma uma estrutura.
“O conceito de ‘estrutura’ se aplica à totalidade do conjunto de
elementos e de suas relações, de maneira que a mudança de qualquer um deles
introduz uma transformação em todos os outros. A estrutura não é uma realidade
empiricamente observável, mas um modelo teórico-explicativo, aplicável onde
exista um conjunto, e que atende fundamentalmente às relações das partes dentro
do todo, uma vez que são elas que o determinam”.
As implicações filosóficas do estruturalismo podem ser desmembradas
segundo dois pontos de vista: 1) Seu anti-humanismo epistemológico ocorre
diante da descoberta da prioridade universal (estrutura) sobre o individual (o
homem); 2) O desaparecimento do sujeito. As regras que determinam a estrutura
são supra-individuais e inconscientes: não são regras do sujeito, regras que
partam dele ou nele se fixem, mas são regras nas quais os sujeitos se inserem.
Lacan (1901-1981) aplica o método estruturalista à psicanálise com a
intenção de dotá-la de um estatuto científico. Sua tese fundamental é a de que
o inconsciente está estruturado como uma linguagem: a psicanálise deve analisar
o inconsciente de acordo com o modelo da linguística estrutural. Para Lacan, o
sujeito não se identifica somente com a consciência, mas também com o
inconsciente, pois este também é sujeito.
Foucault (1926-1984), pós-estruturalista foi, ao longo do tempo,
alterando o objeto de seu interesse: primeiro foi o saber, mais tarde o poder
e, por último, as formas de subjetivação. Quanto ao saber, acha que em cada
época aparecem algumas estruturas epistêmicas que determinam o que pode ser
pensado e o que pode ser dito. Quanto ao poder, Foucault o vê como uma rede de
relações nas quais o homem se acha inserido. Em relação à subjetivação, analisa
os mecanismos que intervêm na produção dos sujeitos. O sujeito não é algo dado,
mas o resultado de uma relação de forças.
Fonte de Consulta
TEMÁTICA BARSA - FILOSOFIA. Rio de Janeiro, Barsa Planeta, 2005.
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