A palavra “sofista”, derivada do grego sophos (sábio) era, na
antiguidade, sinônimo de sábio. Com o tempo, o sentido pejorativo ultrapassou o
sentido real. Somente na atualidade, o sentido antigo voltou a ser defendido
por um movimento, que se denominou “iluminismo grego”.
Sofistas é o termo que
se usa para caracterizar um conjunto de pensadores gregos que surgiu na segunda
metade do século V a.C. A fundamentação deste conceito reside no fato de eles
terem sido os primeiros educadores profissionais (recebiam pagamento pelo
ensino) de disciplinas humanas, tais como, política e moral e, principalmente,
a retórica.
A democracia grega
trouxe uma mudança radical na natureza da liderança: numa assembleia, em
que o povo podia tomar decisões, a linhagem não era
suficiente. Como a aspiração máxima era a vitória, um político tinha que se
desenvolver na arte de persuadir e de convencer as massas, mostrando que a sua
era a melhor proposta para governar a cidade, o estado.
Os sofistas davam
grande valor aos sentidos. Pergunta: se os sentidos mostram
coisas diferentes a diferentes indivíduos, como decidir qual delas está de
posse da verdade? A resposta é: a verdade é relativa a cada um. Assim, não há
uma verdade absoluta; cada coisa é o que parece ser para cada um. Este
relativismo conduz ao ceticismo.
Os gregos pensavam
que as leis naturais eram inamovíveis, ou seja, absolutas. A constatação,
porém, de que outros povos têm culturas e valores diferentes, levou os sofistas
a aceitarem o convencionalismo das leis. A partir desse
momento, as leis passam a ser arbitrárias e provisórias, relativas, portanto, à
comunidade e ao próprio indivíduo.
Protágoras (480-410 a.C.)
foi o sofista mais famoso do seu tempo. Dele vem a famosa frase: “o homem é a
medida de todas as coisas, das que são, enquanto são, e das que não são,
enquanto não são.” Dele, também, provém a ideia dos raciocínios duplos: “Em
toda questão há dois raciocínios opostos entre si”, quer dizer, de cada coisa
se pode dar duas versões opostas. Já que não há verdade, um juízo é tão válido
quanto o seu contrário.
Sócrates, Platão e
Aristóteles achavam os sofistas perigosos para a sociedade. Por isso,
elaboraram grande parte de suas concepções como respostas destinadas a
desmontar o edifício construído por esses pensadores.
Fonte de Consulta
Temática Barsa - Filosofia.
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