Ao longo do tempo, arquivamos muitas informações e experiências em nosso
subconsciente. Nele estão gravados os nossos hábitos e automatismos, tanto bons
quanto ruins. O subconsciente somente arquiva. Pode ser comparado ao hardware de
um computador, que oferece condições para o funcionamento dos softwares.
Em se tratando do ser humano, devemos considerar o corpo físico e
o corpo emocional. O corpo físico é composto de cabeça, tronco e
membros. Cada um dos seus órgãos auxilia o funcionamento do todo. O corpo
emocional é o que pensa, sente; tem afetividade. Para o corpo físico, o tempo
transcorre linearmente, ou seja, uma hora depois da outra; para o corpo
emocional, não há essa continuidade, pois para ele passado e presente estão
ocorrendo simultaneamente.
Os nossos hábitos e automatismos estão gravados em nosso subconsciente.
Por outro lado, estamos constantemente falando de mudança de comportamento. E
por que é difícil essa mudança? Ou melhor, por que temos a ilusão da mudança?
Recebemos uma informação e formamos uma “máscara” de progresso. Achamos que já
vencemos aquele defeito, que não cometeremos mais aquela falta, que... Acontece
que o nosso eu verdadeiro está preso ao subconsciente.
Pensamos que mudamos. Acontece que usamos máscaras, as quais conseguem
esconder o corpo emocional, mas não conseguimos mudar o verdadeiro efeito que
ele exerce em nossa vida.
Eis como Chris Griscom, em O Tempo é uma Ilusão, vê o
problema:
“É quase impossível libertar-se dessa rotina cíclica, pois o corpo emocional está ligado ao corpo físico pelo centro do plexo solar. O centro de força do plexo solar estimula o sistema nervoso simpático, que funciona pelo princípio de “fugir ou lutar”. Quando percebemos algo que nos amedronta, os gânglios do plexo solar ficam estimulados e ativam uma mudança da composição química do sangue no cérebro. Isso, por sua vez, cria uma forma de estímulo elétrico com o qual o corpo emocional e o corpo físico vão se viciando cada vez que o episódio se repete. Com o tempo esse esquema se torna imperceptível e deixamos de percebê-lo diretamente, mas continuamos a executar o ciclo”.
Todo esforço tem a sua recompensa, mas se não mudarmos o fundo, tudo o
mais não passa de ilusão de progresso, de evolução.
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