De acordo com Foster, em Memória, deveríamos usar o
termo memórias e não simplesmente memória. Isso
porque, descobriu-se, através de variadas pesquisas, que a memória é uma
entidade com múltiplos componentes (em vez de ser monolítica).
Esses estudos não modificaram em nada a estrutura funcional do ato de
lembrar, que se baseia em codificar, armazenar e recuperar.
Na codificação, a pessoa recebe as informações; no armazenamento, ela retém as
informações; na recuperação, ela acessa o que foi armazenado. Havendo bloqueio
de um ou mais desses três componentes, a memória pode falhar.
Na década de 1960, Atkinson e Shiffrin elaboraram o modelo modal.
Este modelo ofereceu uma estrutura heurística útil para a compreensão da
memória.
Em linhas gerais, eles consideravam que as informações eram,
primeiramente, mantidas transitoriamente em memórias sensoriais.
Uma vez selecionadas, eram transferidas para o depósito de curto prazo.
Uma quantidade menor, depois, ia para o depósito de memória de longo
prazo.
Resumindo: se uma informação passar pelas nossas sensações e não houver
nenhum interesse, ela se perde imediatamente. Havendo algum interesse, ela vai
para o depósito de curto prazo. Empregando técnicas de memorização, elas podem
permanecer mais tempo, indo se alojar no depósito de longo prazo.
Fonte de Consulta
FOSTER, Jonathan K. Memória. Tradução de Camila Werner.
Porto Alegre: L&PM, 2011. (Coleção L&PM POCKET; v. 977), capítulo
2.
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