Introspecção é
o esforço de auto-observação interior, através do qual o indivíduo busca
descobrir as causas, a evolução e os efeitos dos fenômenos psicológicos que se
lhe ocorrem. Na filosofia cartesiana, é o procedimento pelo qual o
sujeito examina o conteúdo da própria consciência. Na psicologia
"introspeccionista", é o método de descrição dos conteúdos da
consciência.
A introspecção foi inicialmente a única atitude,
muito mais do que método, da psicologia, antes de esta se tornar ciência
experimental. É nesse sentido que Augusto Comte expulsa a psicologia de sua
classificação das ciências.
Comte achava que a introspecção não respeitava a
condição mínima de qualquer observação científica, que é tentar fazer uma
distinção entre o observador e a coisa observada. Para ele, a introspecção é
essencialmente subjetiva, fugindo, assim, da característica positiva da
ciência.
Isso, entretanto, não foi suficiente para convencer
que autores, antigos e clássicos, deixassem de efetuar importantes observações
sobre “o homem em geral”, seu pensamento e seus sentimentos.
Em se tratando da introspecção, um fato marcante é
a atitude de Santo Agostinho que, todas as noites antes de dormir, fazia um
retrospecto de seu dia, para verificar como se comportara em termos de
pensamentos, palavras e atos.
Fonte de Consulta
DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de
Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993.
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