"Conhecer melhor outros é conhecer a si mesmo".
O ser humano, sendo um animal social,
tem necessidade de conhecer os outros, uma vez que só não é nada. Todo ser
humano tem personalidade, desejos e emoções. É na convivência com os opostos,
ou seja, com os outros que cada um de nós deve robustecer o seu caráter e a sua
personalidade.
Mas quem são os outros? Os outros são
os entes queridos, os amigos, as pessoas que encontramos no metrô, no ônibus,
no consultório médico. Cada um desses outros tem vontade e desejos. Alguns de
seus sentimentos são velados, outros expressos publicamente. Observe o
relacionamento entre chefe e subalterno. Um pode estar querendo passar a perna
no outro, mas os dois mantêm as aparências, como se tudo estivesse correndo a
mil maravilhas.
Aprender a conhecer os outros é
adquirir um sentido novo, o sentido psicológico, e para isso convém refletir
muito sobre cada uma de nossas ações. Nesse sentido, a Psicologia informa-nos
que há sete véus do caráter: o inconsciente; os meios
interiores; a sensibilidade racional; a forma do rosto;
a estrutura do corpo; os gestos e as maneiras de ser;
o vestuário.
Baseando em pesquisas, os psicólogos
retratam que pessoas com óculos são consideradas mais inteligentes do que
aquelas que não os usam; as mulheres com batom são tidas como frívolas e
ansiosas, enquanto as que não o usam são avaliadas como sendo mais conscienciosas,
mais sérias e de conversa agradável.
A própria linguagem corrente emprega um
vocabulário em que cada gesto possui uma tradução psicológica: vivo,
desconfiado, medroso, colérico. Muitas vezes atraiçoamo-nos pelo gesto, na
medida em que ele é uma alusão que nos espera. Abrir correspondência,
sentar-se, esperar em fila de ônibus e tratar com gerentes de bancos podem ser
motivos para o mapeamento do caráter e da personalidade.
"Mentimos com as palavras, mas os gestos revelam o que somos". Sejamos, pois, autênticos, tanto nos gestos quanto nas palavras.
Fonte de Consulta
GAUQUELIN, Michel (Org.). Conhecer
os Outros. Tradução de Cassiano Reimão e Virgílio Madureira. Lisboa/São
Paulo: verbo, 1978.
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