01 julho 2008

Memória e Esquecimento

A memória não é algo que possuímos, visto não existir um lugar no cérebro em que ela esteja localizada. É preferível usar o termo lembrar, que é o que o cérebro faz. Assim, a memória é o instrumento que preserva a continuidade de nossas experiências e modela toda a nossa personalidade. Lembrar significa, pois, prestar atenção a uma imagem mental determinada por uma experiência passada.

Por que nos esquecemos se todas as experiências são gravadas em nosso cérebro como traço de memória? De acordo com Geoffrey A. Dudley, em seu livro Como Aprender Mais, esquecemo-nos por várias razões: 1.ª) impressão fraca; 2.ª) desuso; 3.ª) Interferência; 4.ª) repressão. Quando uma imagem vai à nossa mente, se não lhe carregarmos com uma quantidade razoável de energia mental, se após a sua vinda, não lhe dermos atenção alguma, ou se vier acompanhada por ato de não invocação, corremos o sério risco de nunca mais lembrar desse fato.

Para nos lembramos de algo, devemos fazer o contrário do que foi dito acima, ou seja, quando uma imagem aflora em nossa mente, devemos moldá-la, saboreá-la e dominá-la dentro das mais variadas técnicas de memorização, a fim de que a energia mental que carrega tal imagem fique gravada em nosso subconsciente. Nesse sentido, a repetição logo após o contato com a informação, aumenta sobremaneira o nosso poder de evocar uma vivência passada.

O desempenho qualitativo de nossas lembranças exige total estado de alerta de nossa atenção e de nossa concentração. Se adquirirmos o hábito de estarmos sempre inteiros naquilo que estivermos fazendo, o poder de concentração aumenta sensivelmente, e poderemos trabalhar mais com menos desgaste de energia, preservando assim a nossa saúde mental, que trará como consequência a perfeita saúde do corpo físico. Relaxando os esforços, a mente cai na lassidão, surgindo, assim, um sentimento de apatia, desânimo e desilusão.

Uma boa memória é a chave do sucesso na vida. É preciso, porém, não contrariar a nossa natural percepção das coisas, ou seja, nem todos têm o mesmo tipo de memória: uns são versados em lembrar dos números, outros dos movimentos, outros do sentido do texto etc. A orientação é dada para todos, mas cada um deve escolher aquelas informações que o auxiliarão num melhor desempenho de suas atividades, quer sejam profissionais ou voluntárias. O mundo aí está: captemos dele aquilo que convém ao nosso crescimento espiritual. Querer saber tudo e não saber nada dá no mesmo.

Tenhamos boa vontade. Não percamos as oportunidades oferecidas pela vida para o exercício de nossa memória. É preciso caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte. Todo o dia é dia de renovar o destino.

Fonte de Consulta

DUDLEY, G. A. Como Aprender Mais - Desenvolva suas capacidades potenciais. São Paulo, Círculo do Livro, s.d.p.

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